A fisiocracia, advinda da chamada Escola Fisiocrática, surgiu no século XVIII e é considerada a primeira escola de economia cientifica. Os fisiocratas consideram o sistema econômico como um organismo regido por leis intrínsecas (pela ordem natural das coisas), sendo elas assim, cientificamente relevantes. Embasavam-se na economia agrária, identificando na terra a fonte única de riqueza.
A comparação entre a agricultura
capitalista e a agricultura camponesa corroborava com a visão dos fisiocratas,
que enxergavam na agricultura camponesa um atraso fadado ao fim, visto que os
arrendatários capitalistas conseguiam maiores índices de produção.
Para os fisiocratas, a tarefa histórica
do capitalismo consiste numa ampliação por ele, tornada possível do excedente.
Esse excedente por sua vez seria um fenômeno típico da agricultura, onde o
capitalismo se apresentaria com um ordem própria, ao contrário do que ocorre no
meio urbano, onde teoricamente não existiriam excedentes.
Define-se excedente, ou produto líquido,
como parte da riqueza produzida que excede a consumida, ao longo do processo
produtivo e trabalho produtivo era o trabalho capaz de produzir excedente,
temos então, a partir de uma ótica
fisiocrática, o trabalho agrícola como única forma de trabalho produtivo.
Apesar das limitações surgidas a partir de um conceito como esse, é de grande
mérito da individualização no processo produtivo, o lugar de origem do produto
líquido excedente, tendo a escola clássica tomado esse conceito dos fisiocratas
como ponto de partida.
Para os fisiocratas, toda a riqueza
provém da terra, a indústria apenas diversifica o produto e o comércio
distribui. Eram contra o intervencionismo mercantilista. Sendo importante
lembrar que as ideias fisiocratas surgem na época em que não existia atividade
industrial, ou seja, apenas atividades ligadas ao setor primário, à
agricultura. Eles eram também contra a nobreza e a economia.
A escola surgiu e desapareceu como um
meteoro em torno de François Quesnay (1649-1774), no seu quadro econômico
Quesnay representou de modo simplificado, o fluxo de despesas e de bens entre
as diferentes classes sociais, evidenciando a interdependência entre as
atividades econômicas.
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