terça-feira, 8 de abril de 2014

QUEM FORAM OS FISIOCRATAS?


A fisiocracia, advinda da chamada Escola Fisiocrática, surgiu no século XVIII e é considerada a primeira escola de economia cientifica. Os fisiocratas consideram o sistema econômico como um organismo regido por leis intrínsecas (pela ordem natural das coisas), sendo elas assim, cientificamente relevantes. Embasavam-se na economia agrária, identificando na terra a fonte única de riqueza.



A comparação entre a agricultura capitalista e a agricultura camponesa corroborava com a visão dos fisiocratas, que enxergavam na agricultura camponesa um atraso fadado ao fim, visto que os arrendatários capitalistas conseguiam maiores índices de produção.



Para os fisiocratas, a tarefa histórica do capitalismo consiste numa ampliação por ele, tornada possível do excedente. Esse excedente por sua vez seria um fenômeno típico da agricultura, onde o capitalismo se apresentaria com um ordem própria, ao contrário do que ocorre no meio urbano, onde teoricamente não existiriam excedentes.




Define-se excedente, ou produto líquido, como parte da riqueza produzida que excede a consumida, ao longo do processo produtivo e trabalho produtivo era o trabalho capaz de produzir excedente, temos  então, a partir de uma ótica fisiocrática, o trabalho agrícola como única forma de trabalho produtivo. Apesar das limitações surgidas a partir de um conceito como esse, é de grande mérito da individualização no processo produtivo, o lugar de origem do produto líquido excedente, tendo a escola clássica tomado esse conceito dos fisiocratas como ponto de partida.



Para os fisiocratas, toda a riqueza provém da terra, a indústria apenas diversifica o produto e o comércio distribui. Eram contra o intervencionismo mercantilista. Sendo importante lembrar que as ideias fisiocratas surgem na época em que não existia atividade industrial, ou seja, apenas atividades ligadas ao setor primário, à agricultura. Eles eram também contra a nobreza e a economia.




A escola surgiu e desapareceu como um meteoro em torno de François Quesnay (1649-1774), no seu quadro econômico Quesnay representou de modo simplificado, o fluxo de despesas e de bens entre as diferentes classes sociais, evidenciando a interdependência entre as atividades econômicas.

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