sábado, 5 de abril de 2014

O PERÍODO JOANINO.


No início do século XIX, a Europa vivia o pleno estabelecimento do capitalismo industrial fato que desencadeava tensões e conflitos no continente. A Inglaterra, maior potencia industrial e a Franca, em plena era napoleônica, seriam os principais protagonizadores das guerras europeias do inicio do século XIX, as quais teriam repercussões sobre os rumos do Brasil.


O Tratado de Methuen, 1703 havia aberto o mercado português para a entrada de manufaturados ingleses em troca da exportação do vinho lusitano. Isso assegurou aos ingleses a hegemonia econômica e política sobre os portugueses.



Em 1806, em pleno desenvolvimento da expansão territorial, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental, proibindo países europeus de comerciarem os ingleses. Objetivava com isso sufocar economicamente à Inglaterra, já que não havia realizado sua conquista no plano militar. Em meio a esse conjunto de disputas, a situação de Portugal complicava-se. 



De um lado a França exigia o fechamento dos portos portugueses as mercadorias inglesas, de outro a Inglaterra pressionava os portugueses pela assinatura de um acordo secreto que estabelecia: A transferência da administração portuguesa para o Brasil; A entrega da esquadra portuguesa aos britânicos; A entrega da ilha da Madeira, tradicional ponto estratégico africano, aos ingleses; A concessão de um porto livre, Santa Catarina, aos ingleses; A assinatura de novos tratados comerciais com os ingleses, logo após a transferência da corte portuguesa para o Brasil.



Em 1807, França e Espanha assinaram o Tratado de Fontainebleau, que permitia a invasão de Portugal pelos franceses e estabelecia a divisão das colônias portuguesas entre França Espanha, ao mesmo tempo em que os portugueses ratificaram sua convenção com os ingleses.




Em 1808 consolidou-se a situação. As tropas comandadas pelo General Junot invadiram o norte de Portugal e a corte entrou em pânico. Em toque de fuga, cerca de 15.000 portugueses embarcaram para o Brasil. Dois dias depois, tropas francesas entraram em Lisboa e consolidaram a ocupação. Com a fuga da corte portuguesa os grandes vencedores foram os ingleses, agora alçados a posição de detentores do mercado brasileiro.

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