quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O PÓS-FORDISMO E A ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL


O pós fordismo é um modelo de gestão produtiva que se diferencia do fordismo, no que se refere à organização do trabalho e da produção. Assim, ao invés de centrar-se na produção em massa, característica do fordismo, o modelo pós-fordista fundamenta-se na ideia de flexibilidade. Por isso, trabalha com estoques reduzidos, voltando-se para a fabricação de pequenas quantidades. A finalidade dessa forma de organização é a suprir a demanda colocada no momento exato, bem como atender um mercado diferenciado, dotado de público cada vez mais específicos. Deste modo, neste regime os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem comercializados ou montados. Isto permite que a indústria possa acompanhar as rápidas transformações dos padrões de consumo.


O pós-fordismo pode ser compreendido como um dos paradigmas da teoria do pós-industrialismo, formulado por pensadores marxistas. Neste sentido, é utilizado para designar um novo modelo de gestão produtiva, e também o período de mudanças do capitalismo, que foi acompanhado da ascensão de novas configurações da organização industrial e da vida social e política.


Esta crise ocorreu, principalmente em função da incapacidade do fordismo em absorver as demandas geradas pelo sistema capitalista. Esta incapacidade derivava do que se pode chamar de rigidez. Qualquer tentativa de superar esse problema de rigidez esbarrava nas manifestações da classe trabalhadora. Então esta rigidez acabava ultrapassando os compromissos assumidos pelo Estado que sob pressão intensificava os investimentos em programas de assistência social.


Também contribuíram para a crise do fordismo fatores como: os impactos do choque do petróleo na economia; o surgimento da concorrência japonesa; mudanças tecnológicas; fusões e incorporações de empresas; desigualdades entre os setores do trabalho e o interior do sistema fordista; surgimento de novas necessidades no que se refere ao consumo.


A consequência de todos esses acontecimentos foi o rompimento dos padrões e práticas capitalistas assentadas no modelo produtivo fordista que, conduziu a ascensão de um novo modelo de acumulação, associado a um novo modelo de acumulação, associado a um novo sistema de regulamentação político e social, por ele chamado de regime de acumulação flexível, mas para outros autores, pode ser definido como pós-fordismo.


Neste regime ocorreu a substituição de um modelo de produção e acumulação calcado na rigidez produtiva, por um regime fundamentado em uma maior flexibilidade dos processos, produtos, padrões de consumo, mercados e da organização do trabalho.


O resultado foi a emergência de novos setores de produção, novas modalidades de serviços financeiros, novos mercado, e, em especial, a ascensão de altas taxas de inovação comercial, tecnológica e organizacional, com o intuito de garantir que o sistema produtivo seja capaz de operar dentro de contextos que exigem rápidas mudanças, adaptando-se continuamente às variações da demanda. 

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