O
pós fordismo é um modelo de gestão produtiva que se diferencia do fordismo, no
que se refere à organização do trabalho e da produção. Assim, ao invés de
centrar-se na produção em massa, característica do fordismo, o modelo
pós-fordista fundamenta-se na ideia de flexibilidade. Por isso, trabalha com
estoques reduzidos, voltando-se para a fabricação de pequenas quantidades. A
finalidade dessa forma de organização é a suprir a demanda colocada no momento
exato, bem como atender um mercado diferenciado, dotado de público cada vez
mais específicos. Deste modo, neste regime os produtos somente são fabricados ou
entregues a tempo de serem comercializados ou montados. Isto permite que a
indústria possa acompanhar as rápidas transformações dos padrões de consumo.
O
pós-fordismo pode ser compreendido como um dos paradigmas da teoria do pós-industrialismo,
formulado por pensadores marxistas. Neste sentido, é utilizado para designar um
novo modelo de gestão produtiva, e também o período de mudanças do capitalismo,
que foi acompanhado da ascensão de novas configurações da organização industrial
e da vida social e política.
Esta
crise ocorreu, principalmente em função da incapacidade do fordismo em absorver
as demandas geradas pelo sistema capitalista. Esta incapacidade derivava do que
se pode chamar de rigidez. Qualquer tentativa de superar esse problema de
rigidez esbarrava nas manifestações da classe trabalhadora. Então esta rigidez
acabava ultrapassando os compromissos assumidos pelo Estado que sob pressão
intensificava os investimentos em programas de assistência social.
Também
contribuíram para a crise do fordismo fatores como: os impactos do choque do
petróleo na economia; o surgimento da concorrência japonesa; mudanças
tecnológicas; fusões e incorporações de empresas; desigualdades entre os
setores do trabalho e o interior do sistema fordista; surgimento de novas
necessidades no que se refere ao consumo.
A
consequência de todos esses acontecimentos foi o rompimento dos padrões e
práticas capitalistas assentadas no modelo produtivo fordista que, conduziu a ascensão
de um novo modelo de acumulação, associado a um novo modelo de acumulação,
associado a um novo sistema de regulamentação político e social, por ele
chamado de regime de acumulação flexível, mas para outros autores, pode ser
definido como pós-fordismo.
Neste
regime ocorreu a substituição de um modelo de produção e acumulação calcado na
rigidez produtiva, por um regime fundamentado em uma maior flexibilidade dos
processos, produtos, padrões de consumo, mercados e da organização do trabalho.
O
resultado foi a emergência de novos setores de produção, novas modalidades de
serviços financeiros, novos mercado, e, em especial, a ascensão de altas taxas
de inovação comercial, tecnológica e organizacional, com o intuito de garantir
que o sistema produtivo seja capaz de operar dentro de contextos que exigem
rápidas mudanças, adaptando-se continuamente às variações da demanda.
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