Esses
dias estive pensando se Roma não foi feita num único dia porque tenho que ser?
As pressas, as apreensões o medo de não encontrar um caminho (trovare un percoso) me dominavam
completamente. Comecei o mestrado quando
terminei a graduação e tinha a firme convicção de que faria doutorado e o meu destino
seria seguir carreira acadêmica, tudo dentro de uma perspectiva lógica e
linear. A vida e as questões pessoais acabaram me levando para outro lado.
Li
um texto de um espanhol barroco chamado Calderón de La Barca do século XVII que
dizia aproximadamente que todos queriam que a vida fosse de mandar e reger, mas
mandar e reger é representar e padecer é viver. Assim é a vida dificilmente
feita daquilo que idealizamos mas, sim, daquilo que é possível. Me envolvi com
trabalhos técnicos, tentativas de concursos públicos, nova graduação, além de
uma infinidade de cursos indo de moda a fotografia.
Quando
me dei por mim descobri que gosto de ser burocrata, servir ao Estado (Brasil),
além de política, amar história, ter sempre o desafio de aprender novos idiomas
e novas culturas. Assim comecei com o meu flerte com o Concurso de Admissão a
Carreira Diplomática a uns quatro anos, mas por questões pessoais não retomei. Esse
ano que chamo de período de profunda reflexão, resolvi retomar o projeto já que
o concurso é considerado uma empreitada dificílima, mas não impossível com a
firme convicção que a cada dia estou construindo as fortalezas da minha cidade.
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